Normalmente a passagem de ano é sempre um stress... Contar as passas, olhar para o relógio para me certificar que me divirto na passagem das badaladas. Cria-se uma grande tensão para no final de contas, passamos das 23:59:59 para as 00:00:00.
Este ano foi entre a casa do cunhado e do Miguel, lá fui picando da mesa e pegando no copo. A conversa fluía. Até política já rolava. Um copo a seguir ao outro de um belo vinho verde que parecia nunca mais acabar. Até aqui tudo parecia estar a correr como de costume. Mas as palavras começaram a ficar mais presas e as calças a ficar mais difícil de apertar. Não pelo volume ingerido, mas pela coordenação dos movimentos. Das poucas coisas que me lembro é de me ajudarem a caminhar, das fotos maradas, do miúdo, do bem estar geral e do "moche", que já não fazia uma desde a minha infância.
Acordei sem saber como cheguei à cama. Mas as horas projectadas na parece não enganavam onde tinha passado a meia noite. Não me lembro de fazer contagem decrescente e já eram 4:30. Ainda assim o chão não parava e já ouvia pessoas a despedirem-se. Voltei a dormir.
Quando vi algumas fotos que tirei e me tiraram, tive "flashbacks" da minha noite. Felizmente não fiz nada que me envergonhasse e não me doía a cabeça.
Foi diferente!